Tradicional VS. Bimby
Vou tocar num tópico sensível.
Bimby. Estou fartinho de dizer para não mandarem um vendedor da Bimby à minha casa para fazer uma demonstração porque eu sei que vou comprar. Aliás, não precisava de ser um vendedor com as suas excelentes capacidades para me persuadir a comprar; bastava mandarem o Batatinha para fazer um bolo e mandar contra a minha a fuça que eu comprava.
A pergunta dos 100 milhões é “Renato, estás à espera do quê?”
Assim só a pensar alto, estou à espera de um dia abrir a porta de casa e ter uma Bimby à minha espera do outro lado; estou à espera que caia uma do céu amparada por pára-quedas num dia de passeio pelo Barreiro; estou à espera que o próprio Batatinha apareça cá em casa com uma Bimby mas que não me mande nenhum bolo à fuça.
No limite, estou só à espera de encontrar um bom negócio. Diz que se encontram bons negócios com malta que quer vender a sua Bimby.
(Esta última laracha que mandei é para ti que estás a ler isto e que queres vender a tua Bimby. Dá-me um toque!)
Tudo o que eu disser daqui em diante em relação à Bimby pode ser redutor mas é a humilde perspectiva de quem tem cerca de zero maquinetas destas. A Bimby que uso hoje neste post foi emprestada e decidi fazer uma receita que já fazia antes “manualmente”: um crumble, neste caso de banana e maçã.
Ora vamos lá.
Na Bimby segui a seguinte receita:
Para o Crumble:
1. 100g de manteiga, 80g de açúcar, 150g de farinha, sal e programar 10 seg/vel 6. Reservar.
Para o recheio:
2. 1/2 Kg de maçãs e banana, sumo de meio limão, 40g de açúcar e 1 colher de chá de canela em pó 2 seg/ vel 4;
3. Aquecer 5 min/100º/vel 1.
4. Recheio num tabuleiro previamente untado com manteiga.
5. Mistura do crumble por cima do recheio e forno pré-aquecido a 180ºC até ficar dourado.
Ora na parte mais tradicional:
Para o Crumble:
1. Iguais quantidades em que a única diferença foi derreter a manteiga. Mexer até formar uma espécie de areia. Reservar.
Para o recheio:
2. Numa frigideira, 50g de açúcar e um cheirinho de água; juntei a maçã e a banana; quando tudo já estava incorporado com a calda, juntei vinho de Porto e canela.
3. Mistura do crumble por cima do recheio e forno pré-aquecido a 180ºC até ficar dourado.
Escusado será dizer que demorei menos 30 minutos com a Bimby. Sem dúvida nenhuma que esta é uma ferramenta que faz ganhar muito tempo na cozinha. A rapidez com que conseguimos fazer sopas, molhos ou massas para bolos deixa-me de joelhos com as mãos na face a súplicar por uma.
Há uma coisa que me deixa de pé atrás. Usar a Bimby para fazer uma refeição completa dá-me a sensação de perda de controlo, isto é, tenho a sensação de que não consigo voltar atrás para corrigir qualquer coisa relacionado com o sabor e textura.
Claro, eu sei que não é peremptório seguir a receita à risca mas… a piada da Bimby não é (também) estar tudo escarrapachado e pronto a fazer?
Agora, batendo na tecla da textura, eu tenho uma problema com consistências e não sei se tem sido azar mas cada vez que faço alguma coisa na Bimby, a consistência nunca sai aquilo que pretendo. Lá está, também pode ser a minha inexperiência prática.
Uma coisa é certíssima: para utilizar em alguns processos e dar pequenos saltos que nos fazer poupar muito tempo para outras tarefas é excelente! Fazer um molho bechamel em casa, cozer legumes a vapor ou, pegando na receita de hoje, fazer apenas o crumble na Bimby.
Sem dúvida nenhuma que é um excelente complemento na cozinha para qualquer um.
Comentem, partilhem, gostem e se quiserem podem chamar-me "pai"...
Até mais!